sexta-feira, 20 de abril de 2012

DIA DO TRABALHO - 1º DE MAIO

O DIA DO TRABALHO
1.o de maio é o dia em que as pessoas de diversos países comemoram o trabalho, ou melhor, comemoram as conquistas dos trabalhadores.

Antigamente, não existiam fábricas ou grandes indústrias. Os produtos eram feitos de maneira artesanal, quer dizer, com as mãos, e a pessoa que começava a fazer um objeto era a mesma que o terminava e o vendia. Por exemplo: o homem que vendia doces era quem plantava a árvore frutífera, colhia as frutas, fazia os doces e depois os vendia em lugares como feiras.
Esse trabalho artesanal ainda existe atualmente, mas em quantidade muito menor, pois, por volta de 1770, na Inglaterra, surgiram as primeiras indústrias. O trabalho artesanal foi sendo substituído pelas máquinas e, por isso, muitas pessoas ficaram desempregadas.
Durante muitos anos, os operários das fábricas da Europa e dos Estados Unidos sofreram com a falta de leis que garantissem os seus direitos, como a redução da duração da jornada de trabalho (afinal, muitos desses operários trabalhavam até 18 horas por dia!), descanso semanal, férias e aposentadoria.
Os operários mostravam que queriam melhores condições de trabalho fazendo greves e rebeliões. No dia 1.º de maio de 1886, em Chicago, nos Estados Unidos, houve uma violenta manifestação de protesto e alguns operários foram presos e condenados à morte.
No ano de 1889, para homenagear os operários que morreram, associações e sindicatos europeus e norte-americanos escolheram o dia 1.º de maio para a classe trabalhadora manifestar suas reivindicações. A partir desse ano, essa data começou a ser comemorada em vários lugares do mundo como o Dia do Trabalhador. Em alguns países, as comemorações ocorrem em datas diferentes, como nos Estados Unidos, em que o feriado é na primeira segunda-feira de setembro.

NO BRASIL

Em 1894, um grupo foi preso por tentar comemorar o Dia do Trabalho. Somente um ano depois, ocorreu realmente a primeira comemoração da data no país (organizada pelo Centro Socialista de Santos, em São Paulo).
Entre os anos de 1889 e 1930, algumas importantes greves começaram na data de 1.o de maio, e foi no Dia do Trabalho, em 1940, que Getúlio Vargas, que era o presidente do Brasil naquela época, criou o salário mínimo no país, com o valor de 240 mil réis (um dos antigos nomes da moeda brasileira). Esse valor deveria ser o necessário para uma família pagar todas as contas de alimentação, moradia, vestuário, higiene e transporte do trabalhador.  Essa notícia alegrou muitas pessoas, pois muitas famílias ganhavam menos que isso. 
Um ano depois, em 1.º de maio de 1941, foi criada a Justiça do Trabalho, que tem como função julgar os problemas dos trabalhadores (individualmente ou de uma empresa) nas relações de trabalho, seguindo os direitos trabalhistas.
Hoje...
Existem diversos tipos de trabalho:
- o trabalho remunerado, em que a pessoa recebe dinheiro para exercer uma função;
- o não remunerado, em que a pessoa trabalha por livre e espontânea vontade, como os voluntários.
- o das donas de casa, que não trabalham fora e não são remuneradas, mas, geralmente, trabalham muito, lavando e passando, cozinhando e mantendo a casa arrumada.
De 1770 pra cá, muita coisa mudou. Os trabalhadores têm direitos que devem ser respeitados, pois são garantidos pela Constituição Nacional (aquele documento que contém as leis do nosso país). Mas a gente sabe que isso nem sempre acontece, pois ainda é muito comum, nos dias de hoje, a gente ver e ouvir notícias sobre trabalhadores que nem têm carteira de trabalho, crianças que são exploradas no trabalho, minorias que sofrem preconceito nos empregos, sem falar do enorme número de pessoas que não conseguem encontrar um trabalho.
Um outro assunto muito falado quando o tema é o direito do trabalhador é o salário mínimo (aquele criado em 1940), pois, muitas vezes, seu valor não é suficiente nem mesmo para cobrir as principais necessidades de uma família, como alimentação e moradia, muito menos para todas aquelas que foram descritas na sua criação.
Talvez por esses motivos, muitos brasileiros não veem razão para comemorar o 1.o de Maio. Por isso, com o passar dos anos, as comemorações foram mudando e, além de ser uma data de reivindicação dos trabalhadores, 1.º de Maio se tornou também uma ocasião para descansar.
















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